Área de Concentração e Linhas de Pesquisa
Área de concentração: Diversidade Vegetal
A Área de Concentração Diversidade Vegetal proporciona a produção de conhecimento e a inovação científica em distintas áreas da Biologia Vegetal que integra a grande Área Biodiversidade. Reúne estudos sobre plantas e fungos liquenizados com objetivo de compreender a biodiversidade no contexto de sua estrutura, origem, evolução, manutenção, relações com o meio ambiente e outras espécies, além de padrões e processos nos diferentes domínios fitogeográficos neotropicais e suas conexões com a biota do planeta.
Estudos da Diversidade Vegetal possibilitam inventariar, descrever e compreender as relações filogenéticas e biogeográficas entre os organismos; a busca por conhecimento a respeito dos padrões e processos ecológicos vegetais, que contribuem para a conservação dos ecossistemas brasileiros. Esta área de conhecimento envolve também o entendimento de aspectos fisiológicos, ecofisiológicos e fitoquímicos das plantas e fungos, especialmente os liquenizados, trabalhando a prospecção de compostos bioativos e de interesse para a bioeconomia.
A integração das pesquisas desenvolvidas nestas áreas, embasam e subsidiam políticas públicas para a conservação, restauração e uso sustentável da biodiversidade e dos serviços/funções ecossistêmicas.
Linhas de Pesquisa
1) Ecologia, conservação e uso dos recursos vegetais
A linha de pesquisa “Ecologia, conservação e uso dos recursos vegetais” procura entender os padrões e processos ecológicos vegetais, e contribuir com informações inovadoras para conservação dos ecossistemas Pantanal, Cerrado, Chaco e Mata Atlântica. Os estudos conduzidos pelos pesquisadores que integram esta linha de pesquisa, têm resultado em medidas úteis para definição de políticas públicas relacionadas à conservação e uso sustentável da biodiversidade, bem como a recomposição de áreas antropizadas.
As áreas contempladas nesta linha são:
1.1) “Ecologia de populações e comunidades vegetais”, envolvendo estudos nos níveis de populações e de comunidades vegetais, identificando e trabalhando as relações da vegetação com fatores físicos, as interações entre as espécies vegetais entre si e com a fauna, bem como a compreensão dos padrões genéticos, macroecológicos, biogeográficos e evolutivos da vegetação;
1.2) “Etnobotânica: uso e conservação dos recursos naturais”, que abrange estudos interdisciplinares das aplicações do conhecimento científico e do saber dos povos indígenas e populações tradicionais sobre plantas nativas e cultivadas.
Estas pesquisas contribuem para o desenvolvimento sustentável e o entendimento da interação das populações humanas com a vegetação, seus possíveis usos e as consequências das mudanças climáticas e/ou causadas por manejo humano sobre a flora. Também, nesta linha trabalha-se a prospecção de produtos da biodiversidade, com potencial para a Bioeconomia.
2) Fisiologia e Fitoquímica
Aqui serão avaliados e descritos os aspectos fisiológicos e ecofisiológicos das plantas e fungos, especialmente os liquenizados, e trabalhada a prospecção de compostos bioativos de espécies nativas, especialmente daquelas presentes no sistema Cerrado-Chaco-Pantanal.
Nesta linha, as áreas de atividades:
2.1) “Fisiologia de Plantas”, que avalia aspectos ecofisiológicos de espécies nativas e cultivadas, especialmente de sementes e mudas, quanto aos seus aspectos físicos, fisiológicos e sanitários, visando definir parâmetros técnicos para produção e plantio, além de avaliar suas respostas aos efeitos do fogo e alagamento;
2.2) “Fitoquímica”, que visa a bioprospecção de produtos farmacológicos e/ou de interesses variados para uso e aplicação, em espécies nativas e para o controle de invasoras de pastagens nativas, além de aspectos da ecologia química, entre outros.
Um dos objetivos desta linha de pesquisa é fornecer informações básicas para a proposição de alternativas de manejo para recuperação de áreas degradadas, exploração sustentável da flora nativa e agregação de valor às espécies nativas, especialmente do Sistema Cerrado-Pantanal-Chaco.
3) Sistemática e Diversidade de Plantas e Fungos
Esta linha de pesquisa compreende estudos com forte impacto relacionados à biodiversidade de plantas e fungos (especialmente os liquenizados), dedicados a inventariar, descrever e compreender as relações filogenéticas e biogeográficas entre os organismos.
As áreas de atividades que serão contempladas nesta linha são:
3.1) “Sistemática, Taxonomia e Florística”, envolvendo pesquisas em diferentes vertentes da taxonomia desde a descoberta, descrição e classificação das espécies e grupos de espécies de plantas e fungos, bem como florística, floras regionais e revisões taxonômicas de espécies neotropicais e também daquelas com ampla distribuição;
3.2) “Genética de Populações, Análises Filogenéticas e Filogeografia de plantas e fungos”, que contempla análises de plantas e fungos neotropicais e antárticos, com foco especial nos grupos de espécies distribuídas no sistema Cerrado-Pantanal-Chaco, além de grupos taxonômicos de distribuição mundial;
3.3) “Diversidade estrutural”, com análises morfológicas e anatômicas – qualitativas e quantitativas – e histoquímicas, empregadas para compreender as relações ecológicas e evolutivas das espécies vegetais e sua interação com o meio, abrangendo espécies de distintos táxons e formações vegetacionais, focando nas adaptações e na plasticidade fenotípica das espécies.
Os dados gerados nesta linha de pesquisa contribuirão para o conhecimento da biodiversidade brasileira e subsidiam políticas voltadas à conservação e ao manejo da biodiversidade de plantas e fungos.